fread()
Podemos escrever e ler blocos de dados. Para tanto, temos as funções fread()
e fwrite()
. O protótipo de fread()
é:
unsigned fread (void *buffer, int numero_de_bytes, int count, FILE *fp);
O buffer é a região de memória na qual serão armazenados os dados lidos. O número de bytes é o tamanho da unidade a ser lida. count indica quantas unidades devem ser lidas. Isto significa que o número total de bytes lidos é:
numero_de_bytes*count
A função retorna o número de unidades efetivamente lidas. Este número pode ser menor que count
quando o fim do arquivo for encontrado ou ocorrer algum erro.
Quando o arquivo for aberto para dados binários, fread
pode ler qualquer tipo de dados.
Exemplo main.c
:
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
int main( int argc, char** argv ){
if( argc > 1 ){
// Declaramos um ponteiro(link para o endereço da memória) para o arquivo de nome: 'pf'
FILE *pf;
char conteudo[100];
//Abre o arquivo novamente para leitura
pf = fopen(argv[1], "rb");
// Le em conteudo o valor da variável armazenada anteriormente pf
fread(&conteudo, sizeof(char), 100,pf);
// Imprime o conteúdo, se existir, do arquivo informado
printf("\nO CONTEÚDO DO ARQUIVO É:\n %s \n", conteudo);
fclose(pf);
}else{
printf("Informe o arquivo. Ex.: ./program arquivo.txt\n");
}
return(0);
}
Compile:
gcc main.c -o program
Use:
echo "Bla bla bla" > arquivo.txt
# Exemplo:
./program arquivo.txt
fwrite()
A função fwrite()
funciona como a sua companheira fread()
, porém escrevendo no arquivo. Seu protótipo é:
unsigned fwrite(void *buffer,int numero_de_bytes,int count,FILE *fp);
A função retorna o número de itens escritos. Este valor será igual a count
a menos que ocorra algum erro.
Exemplo:
#include<stdio.h>
int main(){
FILE *fp;
char str[] = "Terminal Root na veia!\n";
fp = fopen( "arquivo.txt" , "w" );
fwrite(str , 1 , sizeof(str) , fp );
fclose(fp);
return(0);
}
Usando:
gcc main.c -o program
./program
cat arquivo.txt
#Terminal Root na veia!
remove()
Protótipo:
int remove (char *nome_do_arquivo);
Apaga um arquivo especificado.
Exemplo:
#include <stdio.h>
int main( int argc, char** argv ){
if( argc > 1 ){
if(remove(argv[1]) == 0){
printf("Arquivo removido com sucesso!\n");
}else{
printf("Não removido, talvez não exista.\n");
}
}else{
printf("Use: ./rm [nome_do_arquivo]\n");
}
return(0);
}
Usando:
gcc main.c -o rm
touch arquivo_exemplo.txt
./rm arquivo_exemplo.txt
#Arquivo removido com sucesso!
fprintf()
e fscanf()
Os fluxos padrão em arquivos permitem ao programador ler e escrever em arquivos da maneira padrão com a qual o já líamos e escrevíamos na tela.
fprintf()
A função fprintf()
funciona como a função printf()
. A diferença é que a saída de fprintf()
é um arquivo e não a tela do computador.
Protótipo:
int fprintf (FILE *fp,char *str,...);
Como já poderíamos esperar, a única diferença do protótipo de fprintf()
para o de printf()
é a especificação do arquivo destino através do ponteiro de arquivo.
##fscanf()
A função fscanf()
funciona como a função scanf()
. A diferença é que fscanf()
lê de um arquivo e não do teclado do computador.
Exemplo de fprintf e fscanf:
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
int main(){
FILE *p;
char str[80],c;
// Le um nome para o arquivo a ser aberto
printf("Entre com um nome para o arquivo: ");
// não se usa a função gets() e sim scanf dessa forma
scanf("%s", str);
// Caso ocorra algum erro na abertura do arquivo
// o programa aborta automaticamente
if (!(p = fopen(str,"w"))){
printf("Erro! Impossivel abrir o arquivo!\n");
exit(1);
}
// Se nao houve erro, imprime no arquivo, fecha
// O usu dessa linha: \e[1m%s\e[m , é pra ficar em negrito
fprintf(p,"O arquivo informado foi: \e[1m%s\e[m\n", str);
fclose(p);
// abre novamente para a leitura
p = fopen(str,"r");
while (!feof(p)){
fscanf(p,"%c",&c);
printf("%c",c);
}
fclose(p);
return(0);
}
Usando:
gcc main.c -o program
./program
Entre com um nome para o arquivo: teste.txt
O arquivo informado foi: teste.txt
fputs()
As bibliotecas de funções do C escreve uma string para o fluxo especificado até, mas não incluindo o caractere nulo.
Protótipo de fputs()
:
int fputs (const char * str, FILE * stream)
Parâmetros
str
- Este é um array contendo a seqüência de terminação nula de caracteres a serem escritos;stream
- Este é o ponteiro para um objeto de arquivo que identifica o fluxo onde a string será escrita.Exemplo:
#include <stdio.h>
#include <unistd.h>
int main(){
char fname[] = "arquivo.txt";
// Verifica se o arquivo existe
if( access( fname, F_OK ) != -1 ) {
FILE *fp;
fp = fopen(fname, "w+");
// Escreve(Sobscreve) isso dentro do arquivo
fputs("Esta é a programação c.\n", fp);
fputs("Esta é uma linguagem de programação do sistema.\n", fp);
fclose(fp);
} else {
printf("Arquivo não existe.\n");
}
return(0);
}
Usando:
gcc main.c -o program
./program
Arquivo não existe.
touch arquivo.txt
./program
cat arquivo.txt
Esta é a programação c.
Esta é uma linguagem de programação do sistema.
fgets()
Para se ler uma string num arquivo podemos usar fgets()
cujo protótipo é:
char *fgets (char *str, int tamanho,FILE *fp);
A função recebe 3 argumentos:
a string a ser lida, o limite máximo de caracteres a serem lidos e o ponteiro para FILE, que está associado ao arquivo de onde a string será lida.
A função lê a string até que um caractere de nova linha seja lido ou tamanho -1 char
tenham sido lidos. Se o caractere de nova linha (‘\n’) for lido, ele fará parte da string, o que não acontecia com gets
. A string resultante sempre terminará com ‘\0’ (por isto somente tamanho -1 caracteres
, no máximo, serão lidos).
A função fgets
é semelhante à função gets()
, porém, além dela poder fazer a leitura a partir de um arquivo de dados e incluir o caracter de nova linha na string, ela ainda especifica o tamanho máximo da string de entrada.
Como vimos, a função gets
não tinha este controle, o que poderia acarretar erros de “estouro de buffer”. Portanto, levando em conta que o ponteiro fp
pode ser substituído por stdin
, como vimos acima, uma alternativa ao uso de gets
é usar a seguinte construção:
fgets (str, tamanho, stdin);
onde str
é a string que se está lendo e tamanho deve ser igual ao tamanho alocado para a string subtraído de 1, por causa do ‘\0’.
Exemplo:
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
int main(){
FILE *p;
char str[30], frase[] = "Este é um arquivo chamado: ", resposta[80];
int i;
// Le um nome para o arquivo a ser aberto
printf("Informe um nome de arquivo: ");
// Usa fgets como se fosse gets
fgets(str,29,stdin);
// Elimina o \n da string lida
for(i=0; str[i]; i++) if(str[i]=='\n') str[i]=0;
// Caso ocorra algum erro na abertura do arquivo
// O programa aborta automaticamente
if (!(p = fopen(str,"w"))){
printf("Erro! Impossivel abrir o arquivo!\n");
exit(1);
}
// Se nao houve erro, imprime no arquivo, e o fecha
fputs(frase, p);
fputs(str,p);
fclose(p);
// abre novamente e lê
p = fopen(str,"r");
fgets(resposta, 79, p);
printf("%s\n", resposta);
// Fecha o arquivo
fclose(p);
// Apaga o arquivo
remove(str);
return(0);
}
Usando:
gcc main.c -o program
./program
Informe um nome de arquivo: teste.doc
Este é um arquivo chamado: teste.doc
ferror()
e perror()
Protótipo de ferror:
int ferror (FILE *fp);
A função retorna zero, se nenhum erro ocorrer e um número diferente de zero se algum erro ocorreu durante o acesso ao arquivo.
ferror()
se torna muito útil quando queremos verificar se cada acesso a um arquivo teve sucesso, de modo que consigamos garantir a integridade dos nossos dados.
Na maioria dos casos, se um arquivo pode ser aberto, ele pode ser lido ou gravado. Porém, existem situações em que isto não ocorre. Por exemplo, pode acabar o espaço em disco enquanto gravamos, ou o disco pode estar com problemas e não conseguimos ler, etc.
Uma função que pode ser usada em conjunto com ferror()
é a função perror()
(print error), cujo argumento é uma string que normalmente indica em que parte do programa o problema ocorreu.
Exemplo:
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
#include <string.h>
int main() {
FILE *pf;
char string[100];
if((pf = fopen("arquivo.txt","w")) ==NULL){
printf("\nNao consigo abrir o arquivo ! ");
exit(1);
} do {
printf("\nDigite uma nova string. Para terminar, digite <enter>: ");
// não se usa a função gets() e sim scanf dessa forma
scanf("%s", string);
fputs(string, pf);
putc('\n', pf);
if(ferror(pf)){
perror("Erro na gravacao");
fclose(pf);
exit(1);
}
} while (strlen(string) > 0);
fclose(pf);
}
Após compilar e testar, use Ctrl + c para sair do programa.
fseek()
Para se fazer procuras e acessos randômicos em arquivos usa-se a função fseek()
. Ela move a posição corrente de leitura ou escrita no arquivo de um valor especificado, a partir de um ponto especificado. Seu protótipo é:
int fseek (FILE *fp,long numbytes,int origem);
O parâmetro origem determina a partir de onde os numbytes
de movimentação serão contados. Os valores possíveis são definidos por macros em stdio.h
e são:
Nome Valor Significado
SEEK_SET 0 Início do arquivo
SEEK_CUR 1 Ponto corrente no arquivo
SEEK_END 2 Fim do arquivo
Tendo-se definido a partir de onde irá se contar, numbytes
determina quantos bytes de deslocamento serão dados na posição atual.
rewind()
A função rewind()
de protótipo:
void rewind (FILE *fp);
Retorna a posição corrente do arquivo para o início.
linguagemc clang linguagemc programacao code